08 November 2012

A perseverança

A perseverança é uma palavra incrível. A palavra, por si só, tem força. Não pode ser comparada com outras palavras como paciência, força, insistência, ela é mais do que isso. Ela é uma paciência sim, mas com um senso de propósito. Ela é uma insistência, mas com a razão firme no objetivo a ser alcançado. Ela é força, mas uma força serena que não força a barra nem nos machuca, mas que simplesmente nos levanta depois de cada queda, e nos mantém no caminho. A perseverança é sublime porque te permite cair, se sentir cansado, ter as recaídas normais de quem está numa estrada estreita. Mas ela é a força serena que te levanta depois dessas caídas, com aquela vontade de continuar, de se manter firme, sem te cobrar, sem te julgar, sem te empurrar – ela simplesmente te dá a mão pra você levantar, tantas vezes quando forem necessárias.

Não é possível saber o quão longo é um caminho, porque cada um tem o seu. Alguns são mais curtos, outros mais longos – não porque alguns são privilegiados, mas porque o caminho que seguimos tem a nossa cara, tem as nossas características, ele é personalizado pra ser percorrido exatamente na velocidade necessária para você, com os obstáculos desenhados direitinho para você, como se alguém tivesse criado para você uma prova na escola com exercícios ideais para o que VOCÊ precisa aprender. Esse alguém é DEUS, ele nos ama e, quando decidimos seguir o caminho mais difícil, ele nos entrega o mapa que precisamos percorrer, com todos os obstáculos que precisamos passar. A persistência, no entanto, é a força que vem dentro de nós, da vontade inabalável de chegar ao fim desse caminho e conhecer a liberdade!
Muitas pessoas são céticas a respeito da felicidade e plenitude, e se sentem desconfiadas quando a promessa de se passar por uma fase difícil é um grande crescimento e felicidade. Na verdade, o ser humano só é capaz de ser feliz quando entender que a felicidade nada mais é que a paz de espírito e a liberdade. Quase todos nós nos amarramos voluntariamente a medos, limitações, regras que supostamente nos protegem do sofrimento e da decepção. Mas mesmo com essas tais “defesas”, ainda sofremos e nos decepcionamos sucessivamente, mas por não nos permitir viver plenamente as experiências de nossa vida. Com essas limitações, vamos até a metade da experiência, mais ou menos até “a água bater no umbigo”, e depois voltamos correndo pra areia com medo de nos afogar. O desafio aqui é seguir em frente, entrar na parte funda e sair nadando, pra sentir plenamente a liberdade de poder experimentar. É poder usar todas as potencialidades dadas a nós para viver ao máximo cada experiência, sem medo. Não há garantias de sucesso, e sinceramente, isso não importa. Estamos aqui para experimentar, sejam vitórias ou derrotas, o que importa é a experiência! Ainda tem dúvidas? Pense na sua vida. Qual vitória sua durou para sempre? E qual derrota? Você conseguiu um emprego ótimo. Daqui a alguns meses, ele certamente não parecerá tão ótimo, você evoluiu e agora procura algo suficiente. Foi demitido? Amanhã você encontra outro emprego e a sensação ruim passou. Nenhuma sensação é definitiva, mas o crescimento contido na experiência, esse fica conosco para sempre. Ninguém perde a maturidade e o fortalecimento interno que vem junto com cada experiência. Por isso vamos valorizar o que realmente importa!

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